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Momento Joestar - Kamen Rider Build

Olá amigos, amigas e amigues, depois de um tempo sem textos no site, eu voltei pensando em começar uma coluna que tentarei manter no ritmo quinzenal.

Sem mais delongas, vamos ao primeiro Momento Joestar.




Quando a palavra tokusatsu é mencionada surgem dois grupos: o primeiro desconhece quase que totalmente enquanto o segundo se lembra com alguma nostalgia de changeman, san Vulcan, Black kamen rider e com sorte alguns metal heroes. Apesar dessas respostas iniciais quando uma cena de algum super sentai atual é mostrada para alguém desses dois grupos a reação é quase unanime: “É Power Rangers!”.


Não desmerecendo os jovens com garra de Alameda dos Anjos que ajudaram bastante a popularizar a temática no Ocidente pós o boom inicial dos seriados japoneses e que apesar da relutância de alguns é classificado pela Toei como tokusatsu sim, mas Power Rangers criou certo estigma sobre tokusatsus e é isso que eu vou tentar quebrar aqui com esse texto.

Obrigado pessoal

Eu poderia muito bem indicar Gokaiger, Toqger e Shinkenger como sentais para começar. Antes de qualquer coisa o que eu vou indicar de fato no post de hoje é Kamen Rider Build. Build foi uma das últimas e melhores séries da última década no Japão desse gênero e me arrisco a dizer dos outros também.




Algumas coisas fazem esta série ser tão memorável como, por exemplo, um elenco muito competente, um roteiro que te prende a cada novo capítulo, boas coreografias de luta e efeitos especiais muito bons.


A trama nos mostra um Japão um pouco diferente, dez anos se passaram desde que um artefato trazido de uma exploração em Marte acabou por liberar uma grande quantidade de energia e criando uma muralha que dividiu a nação em três, a muralha é indestrutível e sendo assim as regiões se tornam uma espécie de cidades-estado para poder continuar cuidando dos cidadãos e pesquisar um modo de um dia destruir a muralha e unificar o País.



Em meio a essa temática a três cenários que acontecem em paralelo e se conectam:

1.      O jovem Sento, o herói que dá nome a série, apesar de ser um cientista brilhante, principalmente um físico brilhante não tem memórias de seu passado até ser encontrado pelo dono do Café onde mora e lhe dá suporte em suas missões como kamen rider Build.



2.      Banjo, um lutador com uma carreira promissora que havia sido banido esporte por forjar resultados de lutas com o objetivo de conseguir dinheiro para o tratamento médico de sua namorada é acusado de ter matado um brilhante cientista.
3.      Vemos o filho do primeiro ministro de Touto, a cidade onde a maioria dos acontecimentos da série ocorre, durante a primeira fase tentando aumentar o poder militar da cidade em meio a um “jogo de tronos” disputado entre as três cidades.



Explicados esses três pontos principais, temos o inicio da série em si com Sento conseguindo um emprego no governo para investigar um objeto chamado de “Pandora Box”, o tal objeto criou as muralhas que separam o País e ainda possui muitos mistérios. Em meio a tudo isso algumas pessoas estão desaparecendo ao mesmo tempo em que criaturas chamadas de “smashs” surgem por da a cidade fazendo como que Sento escondendo sua identidade  com o disfarce de Build os enfrente, Build purifica os inimigos que acabam sendo as pessoas desaparecidas e é assim que Banjo e Sawa Takigawa entram na trama, a repórter é salva por Build no inicio do primeiro episódio e decide entrar para o time e Banjo é levado para sofrer experimentos, mas sobrevive e foge, sua namorada que estava doente também sofre com os experimentos, mas ao contrário das outras pessoas que se tornaram smashs, ela não pôde ser salva e a vingança por sua morte motiva Banjo a entrar no time. Acredito de falar mais que isso sobre o enredo diretamente seria estragar parte da experiência, mas sem dúvidas a melhor visão sobre o que é a guerra, não é algo bonito e sim algo que devemos evitar ao máximo e nos muda, os personagens que entram para o time de amigos tem sentido e motivações condizentes, além das belas reviravoltas que durante a exibição me faziam querer que o dia do próximo episódio chegasse logo. Além das cenas de luta que sabiam quando não usar CG, o tempo de produção dos seriados japoneses e das séries de herói americanas dos canais abertos também não tem tanto tempo para polir o CG, afinal não se trata só de dinheiro, filmes tem muito mais tempo de produção possibilitando resultados melhores.




A série dribla tudo isso até mesmo seu final é uma quebra de expectativas muito boa, além de que algo comum a este gênero são os dois filmes da série, um que é o crossover com a série do ano anterior que ocorre bem no início da série outro mais no final, normalmente esses filmes não possuem conexão com os eventos da série e quando possuem embaralham os acontecimentos, mas no caso desta obra o primeiro filme lida muito bem com os eventos da série no momento e se torna um complemento para a série, podendo ser pulado sem perda de informação, porém se assistido adiciona aos personagens e o filme que carrega o nome da música de abertura BE THE ONE também tem uma trama magistral.



Após a série ocorreu o filme de crossover com a série exibida entre 2018 e 2019 sucedendo Build e antes dele o personagem principal fez aparições na nova série, que incrivelmente respeitaram o cânone do personagem, além dos filmes padrão tivemos um filme para Banjo, um especial de alguns episódios para um rider que chega depois na série e agora recentemente, com a data de publicação do post, temos o que “fecharia” as histórias deste universo tão rico.



Com essa, nem tão breve assim, explicação sobre essa série espero que você que se deu o trabalho de ler este post dê uma chance para esta obra, Build é uma série que toca no coração, a progressão da história e carisma de cada personagem te fazem entrar de cabeça neste mundo, e com essas palavras me despeço e até o próximo Momento Joestar.



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